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Entrevista ao sr. Luís Giraldes

Após a consulta do website da empresa Virtual Games, o Grupo decidiu fazer uma entrevista a alguém da empresa. O sr. Luís Geraldes é o director-geral desta empresa de simuladores.
Com esta entrevista pretendemos obter informação acerca da Virtual Games, empresa de simuladores conceituada em Portugal e no estranjeiro.


Qual é a actividade da Virtual Games?

O Virtual-Games rege-se pelo seu lema "Real vs Virtual", que significa tentar transpôr para o mundo virtual alguns dos principais desportos reais, tais como a F1, Rally, Golfe, Futebol, entre outros. Trabalhamos com simulação, tentando transmitir as sensações mais próximas possíveis da realidade com os nossos equipamentos.
A nossa principal actividade é a realização de eventos com os nossos simuladores, tendo como cliente tipo o mercado empresarial e como destinatário final o grande público, permitindo a comunicação/publicidade/promoção dos nossos clientes junto do seu potencial target, através do entertenimento.

A empresa foi criada no ano 2000. Quais eram os seus objectivos iniciais? Esses objectivos expandiram-se? Se sim, porquê?
Os objectivos iniciais sempre foram estes e de acordo com o nosso lema, criado com a empresa, embora tenhamos começado com a representação de venda de uns simuladores de voo, os Rock'n'Ride. O seu preço elevado para a altura e o facto de se destinarem ao mercado caseiro, não permitiu vendas suficientes para continuar a encarar o negócio desta forma. A sua utilização posterior na área de eventos foi a consequência, tendo por isso concentrado a empresa nesta actividade.
Desde então, temos variado no tipo de simuladores e áreas de acção desportiva, mas mantendo como core business os eventos.

Qual é a sua função na empresa?
Sócio único e Director-Geral.

Actualmente, quantas pessoas estão empregadas na sua empresa? E quais são as habilitações necessárias para pertencer à mesma?
Neste momento temos 2 pessoas apenas, a contar comigo. Quanto às habilitações julgo que saímos do tradicional. Precisamos de pessoas na área técnica e de eventos, pelo que terão de perceber de Windows, hardware, um pouco de redes (Tcp/Ip). Para além disto, disponibilidade para trabalhar a qualquer hora e em qualquer país, face às características dos eventos e clientes que temos. Temos a capacidade de formar internamente as pessoas, se for necessário, pelo que os conhecimentos terão de ser... muita determinação, vontade de aprender, disponibilidade e simpatia... nas longas horas que muitas vezes passamos a trabalhar seguido (Ex. + de 48 horas).

O vosso website está disponível em português e em espanhol. Tendo em conta que já visitaram outros países europeus, porque não disponibilizam também em inglês?
O motor do nosso site é dinâmico e multi-lingual, preparado para traduzir para a língua que nós pretendermos, em termos de backoffice claro (introdução de conteúdos).
O frontend está só de facto em português e espanhol, por razões óbvias. Abrimos a empresa em Espanha no final do ano passado e estamos a investir o nosso lançamento a partir de Madrid. Como estrutura pequena que somos, e crescimento sustentado que procuramos, o facto de alargarmos a outras línguas, dispersa-nos em termos de equipa e forma de comunicar, assim como aumenta o risco de nos chegarem pedidos que depois não temos capacidade de resposta.

Na sua opinião, qual é o melhor simulador elaborado pela Virtual Games? Poderia descrevê-lo?
O simulador que mais vende é, sem dúvida, o de F1 pela sua espectacularidade em termos visuais e de sensações. O que mais nos dá prazer é o simulador de Ducati MotoGP, pois foi desenvolvido por nós e com peças originais do Loris Capirossi da época de 2003. Este simulador é uma mota real, sem motor, e que tem os 3 principais eixos de movimento (aceleração/travagem; curva dir./esq., slide roda traseira). É único, tem um forte impacto visual e quem experimenta sai maravilhado.


Qual o feedback que tem recebido acerca dos eventos feitos pela empresa?
O feedback tem sido altamente positivo, senão veja-se onde estamos a trabalhar neste momento: Portugal, Espanha, Inglaterra, Itália, Holanda, Sérvia, Roménia, Rússia, Eslovénia, Croacia, Bósnia, Albânia, Macedónia, com pedidos a chegarem dos 4 cantos.

O que pensa sobre o impacto que os simuladores têm na actualidade? E sobre o potencial dos mesmos no futuro?
Nós acreditamos, e estamos a investir desde o início da nossa existência, que será possível treinar muitos dos desportos em simuladores, ao exemplo do que já se faz há muito tempo nas companhias aéreas e escolas militares de voo. Isto deixa-nos duas áreas de intervenção: os que necessitam de se tornar competitivos treinando de uma forma mais barata e menos arriscada (ex. pilotos desporto motorizado), assim como todos os outros sonhadores, que nunca de forma alguma terão a oportunidade de sentir as emoções dos primeiros, mas que através da possibilidade de experimentarem um simulador, ficarão com uma sensação de como poderá ser.

Posso adiantar-lhe ainda que nós temos uma equipa virtual de competição online ( http://www.virtual-games.com/racing/public/default.asp ) desde 2001, onde entramos nas melhoras ligas mundiais, tendo obtido já diversos títulos por equipa e por pilotos. Para que tenha uma ideia, alguns destes pilotos são pilotos reais também, alguns a caminho da F1 e já com títulos firmados nas maiores disciplinas reais do automobilismo, assim como temos um húngaro que corre na nossa equipa e nunca tinha entrado em competições reais, e no ano passado correu na copa Renault e venceu 10 das 12 corridas!
O grupo agradece a colaboração do sr. Luís Giraldes no nosso projecto.